maquiavel
QUEM FOI TITO LÍVIO
Escritor, filósofo e historiador nascido por volta do ano 59 a.C., em Pádua, na região do Vêneto, Tito Lívio (Titus Livius) escreveu Ad Urbe Condita (tradução aproximada: Desde a fundação da cidade), obra monumental que reconstitui a trajetória de Roma desde a sua formação. Embora tenha se mantido afastado dos grupos literários de seu tempo, foi contemporâneo de Virgílio, Ovídio e Horácio. Tito Lívio morreu também em Pádua, no ano 17 d.C.
Outra razão, ainda mais importante, para que se estimule a participação do povo na vida pública, segundo Maquiavel, é a necessidade de confiar a ele a preservação da liberdade, já que, sendo ele o objeto privilegiado da dominação, é também o sujeito mais capaz de prevenir que ela aconteça. Ressalta o protagonismo dos muitos diante dos poucos. Algumas características devem estar presentes para que o povo funcione efetivamente como guardião: a instância última de julgamento de uma cidade, ao menos em relação à violação ou não de sua liberdade, deve ser o próprio povo, e não algum magistrado investido de poderes pessoais. Os juízes devem ser muitos nesses casos, pois os poucos tendem sempre a julgar em favor dos poucos.
Parece claro, assim, que se há uma tensão entre senado e plebe, entre muitos e poucos, entre um só e muitos no exercício do poder, tal como descrito na obra de Maquiavel, há, pelo menos em relação à preservação da liberdade, um verdadeiro protagonismo do povo em sua guarda e realização. Não há cidade forte militarmente sem povo, mas também não há cidade livre sem participação dos muitos na vida política da cidade, defendendo sua própria liberdade contra os poucos, que teriam a possibilidade de