maquete de papel
Quando eu primeiro ouvi falar do livro Maquetes de Papel (graças ao Diogo, redator deste site), a primeira coisa que me veio a cabeça foi que eu finalmente iria aprender a fazer maquetes decentes para a faculdade. Bem, eu estava errado. Minhas maquetes provavelmente continuarão medíocres e meus amigos continuarão me perturbando por isso. Mas por outro lado, saberei o propósito e o quanto elas me foram importantes na construção de meu projeto.
Paulo Mendes da Rocha – arquiteto aclamado mundialmente – foi convidado certo dia para ministrar um curso em Curitiba, na Casa Vilanova Artigas. Falou durante horas sobre seus projetos e ideias e de como pensava as maquetes. Essa aula, pelo o que eu li, deve ter sido extraordinária e foi a partir dela que surgiu o livro. Uma prova, um testemunho de Paulo sobre sua forma de pensar arquitetura e de como a maquete está ali para nos ajudar.
A aula, em Curitiba
Mas a maquete que o arquiteto nos compartilha no livro não é aquela maquete para se apresentar em trabalhos ou para um cliente. É a maquete – como ele próprio intitula – que “ninguém pode ver, só você”. Aquela que serve para nos auxiliar na hora de conferir as proporções de nosso projeto, verificar sua composição com o entorno, as sombras projetadas. Ninguém pode ver porque ela deve ser feita com os materiais que você possuir ali, papel, cola, durex.. Um estudo simples que é capaz de nos fazer visualizar fisicamente o que tínhamos em mente e em nossos croquis.
Praça dos Museus – USP
Resumidamente, é isso que o livro trata sobre maquetes. E aí que está a beleza e a parte que mais me agradou, pois o resto das páginas serve para Paulo Mendes nos contar cada procedimento que pensa em seus projetos. A arquitetura desta incrível pessoa vem da multidisciplinaridade. Acompanhando o raciocínio do arquiteto quando conta no livro sobre o projeto da Praça dos Museus da USP (finalmente aprovado) e do Reservatório Elevado em Urânia, é evidente o seu amplo