Mappin
Mappin/Mesbla
Ricardo Mansur, o homem que quebrou o Mappin e a Mesbla, diverte-se em torneios de pólo nas cercanias de Londres – Revista época 19/09/1999
Ricardo Mansur passou a galope pelo mercado varejista. Em 1990 deixou de ser apenas um empresário da área de laticínios e trouxe para o Brasil a franquia da Pizza Hut. Abriu lojas sucessivamente. Parecia uma mina de ouro. Era um mau negócio. Passou-o à Pepsico, que anda fechando lojas na mesma velocidade com que foram abertas. Em 1996 Mansur comprou a rede Mappin, até então a mais tradicional loja de departamentos do país. Um ano depois arrematou a Mesbla, que concorria com o Mappin em tamanho e tradição. Tinha uma financeira, o Crefisul, comprada com a ajuda de verbas do Programa Especial de Reestruturação de Instituições Financeiras, o Proer. Esse império não existe mais. Mansur faliu, a despeito dos ares de nobreza que tenta exibir nos campos de pólo da Inglaterra.
Em 23 de março deste ano, o Crefisul foi liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central. Dois meses depois, o Mappin e a Mesbla quebraram - deviam a fornecedores, não pagavam empréstimos bancários. O aluguel da emblemática loja do Mappin, na Praça Ramos de Azevedo, centro de São Paulo, deixou de ser pago à Santa Casa de Misericórdia.
Os bens do empresário estão indisponíveis no Brasil. Oficiais de justiça procuram-no em todo o país para entregar intimações judiciais vinculadas a ações trabalhistas. Credores têm pesadelos com o tamanho do rombo. Mansur saboreia a temporada de férias entre Londres e Guildford. Só ficou triste com a derrota do seu time de pólo, o Burningfold, num torneio disputado no começo de julho. Brilham no time dois empregados que não podem se queixar do patrão: os irmãos argentinos Sebastian e Pete Merlos, craques do esporte, ganham US$ 150 mil por temporada. Mansur paga em