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A História da Formação da Problemática do Aborto mostra que a extensão e a crescente aceitação da prática do aborto no final do século XX no mundo ocidental é uma situação artificialmente provocada pelo trabalho de entre uma e duas dezenas de entidades de âmbito internacional. O trabalho que estas entidades desenvolvem iniciou-se há aproximadamente 200 anos atrás, na virada do século 18 para o século 19, tendo sido desenvolvido, durante cerca de 150 anos, por grupos marginalizados dentro da sociedade sem uma linha de atuação claramente definida. Após o término da segunda guerra mundial, quando o problema demográfico foi levantado através da ONU, estes grupos conseguiram atrelar suas idéias sobre planejamento familiar e aborto à problemática do controle populacional. A partir deste momento deixaram de ser vistos como grupos marginais, ganharam respeitabilidade, financiamento e o controle quase total das instituições de pesquisa e das agências governamentais do primeiro mundo e das Nações Unidas que se dedicam ao estudo e às atividades com problemas populacionais. No final da década de 50 estes grupos já estavam sendo financiados por empresários e com um orçamento anual total da ordem de centenas de milhares de dólares; em 1962 estas entidades começaram a ser financiadas também pelos governos do primeiro mundo, e o seu orçamento anual total girava em torno de U$ 5 milhões; em 1965 a cifra passou para U$ 20 milhões e em 1968 para U$ 80 milhões. Atualmente este valor já é da ordem do bilhão de dólares por ano, sem contar a parcela bastante significativa do que é invertido apenas dentro do território norte americano. O texto do trabalho mostra claramente que o conceito de aborto como principal método de controle populacional estava bem claro para estas entidades já na década de 60 e não é pelo fato da recente Conferência do Cairo não ter reconhecido ainda o aborto como recurso de