Manutenção e Gestão de Corpos Artísticos Estáveis – desafios e alternativas
Manutenção e Gestão de Corpos Artísticos Estáveis
– desafios e alternativas
Paper apresentado como trabalho final do Curso Políticas Públicas: a complexidade da escolha (Turma: T03.FM.PPCE), coordenado pelo Prof. Dr. José Rodrigo Rodriguez e promovido pela SAEB e FLEM. O curso é atividade integrante do Programa de Formação e Aperfeiçoamento Continuado da Carreira de EPPGG - PFAC para o ano de 2014
Salvador, Bahia
Novembro de 2014
1. Apresentação do problema
Similar à pesquisa científica e ao esporte, a atividade artística exige ambientes e linhas de apoio que permitam o aperfeiçoamento continuado para que se atinja e supere os patamares praticados no contemporaneidade.
No caso de atividades artísticas coletivas, como grupos de dança e musicais, cujos custos são consideráveis, o desafio é ainda maior. O exemplo mais contundente deste desafio é o apoio a grupos orquestrais, que via de regra costumam ter 80 ou mesmo mais de 100 membros para exercício do formato consagrado internacionalmente.
No Brasil, a tradição de manutenção de corpos artísticos estáveis são basicamente destinados a orquestras e balés, seguindo tradição europeia, iniciativas que basicamente existem porque foram criadas e são mantidas pelo poder público. Ocorre que o modelo de administração do estado brasileiro não condiz com as boas práticas de gestão grupos artísticos, que possuem natureza distintas das tradicionalmente contempladas pela administração pública.
Assim algumas questões se colocam, sendo a primeira a própria validade de manutenção deste modelo de corpos estáveis, como trataremos a seguir. Partindo da premissa que é válida sua manutenção, temos então alguns caminhos possíveis para pensar a gestão.
Como aspectos a se considerar nesta reflexão alguns temas serão tratados: temas atuais nas políticas culturais - como diversidade, democratização e estabilidade -, modelos de gestão pública e, por fim, o