Manuscritos econômico-filosóficos
Foi escrito no início de 1844, o autor faz critica profundas e estruturais a economia política, destacando esta como base teórica do capitalismo, como uma das mais importantes expoentes do status burguês. No capitalismo, com a separação do trabalhador dos meios de produção, estabelece-se uma relação de dependência entre trabalhador e capitalista, que beneficia claramente o capitalista e aprisiona o trabalhador em uma forma de vida unilateral. O emprego no capitalismo torna-se apenas um meio de vida do trabalhador. Mas o capitalista ainda pode, nos diferentes períodos de desenvolvimento do capitalismo impor-se como herói, que oferece trabalho e meios de existência ao trabalhador. Por conta de tal relação em períodos de crise, os trabalhadores são levados a enxergar ao capitalista como aliado e a outros trabalhadores, despossuídos de produção como ele mesmo, como adversários, com isso deixa de lado a dominação do capital sobre o trabalho. Isso dificulta sobremaneira as possibilidades de desenvolvimento de solidariedade entre os trabalhadores e a agir como classe, principalmente em períodos de crise do capitalismo. Dessa forma os períodos de crise econômica não podem ser colocados mecanicamente como períodos revolucionários. O capitalista aproveita-se da luta entre os trabalhadores, para que a concorrência entre eles faça baixar os salários e aumentar os lucros. Com isso, o capitalista tenta pagar os menores salários possíveis. Desta forma, quanto mais trabalho disponível existir, mais o capitalista se beneficia, pois pode, com maior tranquilidade, baixar os salários dos trabalhadores que é encarada como a taxa que o capitalista tem que pagar para utilizar-se das capacidades produtivas de outros seres humanos. Karl Marx evidencia que o trabalhador foi convertido em mercadoria que produz mais mercadorias a baixo custo. Destaca que o trabalhador nunca recebe o