MANUAL DE PSICOLOGIA HOSPITALAR: O MAPA DA DOENÇA (RESENHA)
LIVRO:
MANUAL DE PSICOLOGIA HOSPITALAR: O MAPA DA DOENÇA
Como o próprio autor salienta, o livro foi escrito em forma de manual para servir como um mapa para orientar os psicólogos que atuam no contexto hospitalar e para os que começam a se enveredar por este campo. O livro divide-se em duas partes, sendo a primeira dedicada ao diagnóstico, sua importância para a psicologia e para a medicina e os eixos que a compõem. A segunda parte fala sobre a terapêutica e busca responder sobre a função do psicólogo no hospital e a especificidade deste profissional nessa prática.
Logo na introdução, o autor define o objetivo do psicólogo hospitalar que é “o de ajudar o paciente a atravessar a experiência do adoecimento.” (p. 13). Mais a frente, discute o adoecimento que, segundo ele, deve ser entendido como o encontro de uma pessoa com uma patologia em seu próprio corpo. Tal encontro faz com que se criem diversos aspectos psicológicos que se refletirão em um ou mais âmbitos do campo em que a pessoa está inserida. O livro lembra-nos também que, ao falarmos de aspectos psicológicos, falamos não apenas das patologias de causa psíquica, mas também do aspecto psicológico inerente ao encontro da subjetividade do indivíduo com a doença que se desvela em seu corpo.
O autor nos alerta sobre o olhar para pessoa adoecida: devemos olhá-lo como alguém, um ser de subjetividade que encontra-se ali em sofrimento, mas que traz com ele todas as suas vivências, experiências e verdades e, por isso, não sofre de um órgão ou de um membro, mas sofre por inteiro com a situação do adoecimento/internação. Desta forma, jamais devemos diminuí-lo à patologia ou à área doente, mas observa-lo com um todo que se reconfigura entorno disso.
Sobre o diagnóstico, o livro o divide em quatro eixos:
Diagnóstico reacional: Modo como a pessoa reage à doença;
Diagnóstico médico: Observação e categorização dos aspectos relacionados à patologia e suas consequências