MANUAL DE CUIDADOS: ESTRATÉGIA PARA PREPARAÇÃO DE ACOMPANHANTES DE CRIANÇAS SUBMETIDAS À CIRURGIA ELETIVA
* Trabalho apresentado no VII Congresso Brasileiro de Psicologia do Desenvolvimento- 2009
Mayara Barbosa Sindeaux Lima- UFPA/Faculdade de Psicologia; Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento; e-mail: mayarasindeaux@yahoo.com.br
Eleonora Arnaud Pereira Ferreira- UFPA/Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento; e-mail: eleonora_arnaud@yahoo.com.br
Petruska Oliveira Baptista – UFPA/ Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza; e-mail: petruska@ufpa.br
Trabalho parcialmente financiado pela Pró-Reitoria de Extensão por meio de bolsa PIBEX-PROEX/UFPA para a primeira autora.
Introdução:
A hospitalização e a cirurgia são eventos potencialmente estressantes ao paciente pediátrico e à família, pois, acrescido aos problemas de saúde que conduziram a uma cirurgia, a própria prescrição de tal terapia e a intervenção cirúrgica podem gerar desconforto físico e psicológico, tanto no período anterior quanto posterior ao procedimento.
A ansiedade parece ser a emoção mais comum nessas situações. Sendo um conjunto de manifestações comportamentais e fisiológicas normais, a ansiedade pode se tornar disfuncional quando é desproporcional ao evento desencadeador ou quando não há objeto específico para o qual se direcione. No caso da cirurgia, o medo tem uma base concreta, mesmo quando os riscos são mínimos.
A literatura tem indicado que a maneira como o indivíduo reage à cirurgia pode determinar em grande parte sua recuperação, aumentando ou diminuindo a probabilidade de ela ser bem sucedida e com menos intercorrências. Em relação à ansiedade, os estudos indicam que sua redução é acompanhada de maior colaboração e de uma melhor recuperação.
Em pacientes pediátricos, a hospitalização acarreta algumas limitações relacionadas à sua socialização, aos hábitos anteriormente adquiridos, às habilidades em