Manual de biossegurança
Andressa, Évelin, Maria Helena, Mayara A. Gais e Rafaela
Santa Maria, RS, Brasil
2014
1. Introdução
Ter segurança significa poder confiar. Assim, para se trabalhar com segurança e evitar acidentes, devem ser observadas e respeitadas as regras e os procedimentos de trabalho formulados para eliminar práticas perigosas e evitar riscos desnecessários.
Os animais de laboratório representam um risco para quem os maneja, pois, mesmo que não experimentalmente infectados, podem estar carreando agentes patogênicos, inclusive zoonóticos. Dessa forma, o risco de se adquirir infecções em biotérios nos quais as doenças infecciosas estão sendo estudadas, isto é, em infectórios, é muito grande.
Desse modo, um rígido controle nos protocolos experimentais deve ser associado a estritos procedimentos de segurança e não somente os técnicos devem ter consciência dos perigos existentes, alguns dos quais específicos para cada área, mas também os pesquisadores e o pessoal de apoio que têm acesso ao biotério.
Os estudos de longa duração em animais estão associados, freqüentemente, a estudos de carcinogênese, oncogênese viral, teratogênese, avaliação de compostos potencialmente tóxicos e radioisótopos, entre outros.Por esse motivo, a manipulação e administração de drogas, o contato com tecidos animais, inclusive soro, bem como alguns dos componentes das madeiras, cuja maravalha se usa para as ‘camas’ dos animais, constituem motivo de preocupação para aqueles que trabalham com animais de laboratório.
2. O ambiente de trabalho
Em biotérios, existe uma variedade muito grande de salas para animais, envolvendo salas para criação e produção, para manutenção, para cirurgias, quarentena ou ainda para manipulação de animais em experimentação, que podem estar expostos a materiais carcinogênicos, infecciosos ou alérgicos.
Alguns odores animais são agressivos