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Financeiras americanas confiaram de modo excessivo em clientes que não tinham bom histórico de pagamento de dívidas nos últimos anos. Gerando financiamentos de alto risco, ou, subprime.
No ano de 2007, amadureceu nos EUA, a chamada crise imobiliária, tecnicamente referente à crise de crédito nos EUA. No início dos anos 2000, comprar um imóvel tornou-se tarefa mais fácil, pois durante o governo de George W. Bush, os juros do financiamento imobiliário estiveram fixados em torno de 2% ao ano, o que tornou o crédito de compra de imóvel acessível à população de renda mais baixa.
O mercado imobiliário ficou aquecido, mas com o aumento dos juros, muitos mutuários por não terem condições de pagar, entregaram os imóveis, começou a sobrar imóvel no mercado, gerando baixa do preço dos mesmos. No fim, as financiadoras ficaram com os imóveis de valor baixo e sem dinheiro necessário (que planejavam receber) para pagar os títulos de investimentos.
As empresas financiadoras resolveram jogar os títulos de investimento imobiliário na venda da bolsa de valores, o que espalhou a crise para mercados de todo mundo. O FMI reconheceu que a turbulência financeira que iniciou no verão de 2007, se transformou em crise completa, e que tal fato desencadeia um declínio acentuado na atividade econômica nos EUA, sob probabilidade de longa recessão. No dia 15 de setembro de 2008 o banco americano Lehman Brothers anunciou a concordata, marcando o ápice da crise.
O Senado e a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovaram o plano de resgate dos mercados, apresentado pelo governo Bush, prevendo ajuda de 700 bilhões de dólares aos bancos quebrados do país. A União Europeia reuniu esforços em conjunto para estatizar ou manter o crédito bancário entre os bancos europeus, os resultados projetam uma recuperação lenta e um mercado de investimento instável até 2010.
Rafael Meirelles de Sá
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