Manipulação Genética.

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Ética e manipulação genética

Os avanços na pesquisa genética estão permitindo identificar a predisposição a doenças e a intervir nos genes responsáveis ainda na fase de gestação

Imaginemos um casal capaz de transmitir a seus filhos a predisposição genética a uma doença grave. Deve-se autorizar um diagnóstico pré-natal que permita rastrear a anomalia no feto ainda no útero? E no caso de um embrião gerado em fertilização in vitro, pode-se recorrer a um diagnóstico pré- implantatório?

Para responder a essas questões, é preciso debater a bioética na pesquisa embrionária.

Em 2008, na França, foram realizados diagnósticos pré-implantatórios (DPI) para evitar o nascimento de crianças com predisposição genética a câncer de cólon. A Agência de Biomedicina havia acabado de publicar um estudo que justificava os fatos:

havia quase 100% de chance de alguns daqueles futuros indivíduos desenvolverem essa doença aos 40 anos.

O documento preconizava também um aumento na predisposição a outros tipos de câncer e a abertura de novos centros de DPI para dar conta da demanda crescente.

A primeira revisão da lei de bioética francesa, em 2004, permitiu o uso desse mecanismo para beneficiar pessoas que sofriam da doença de Huntington.

A lei anterior, de 1994, legalizava o processo depois de oito anos de moratória, mas era menos precisa: evocava afecções “de particular gravidade, incuráveis a partir do diagnóstico”.

Esses limites explicam por que o DPI ainda é restrito a uma parte ínfima dos nascimentos na França: cerca de 30 para cada 800 mil.

No entanto, os diagnósticos avançam muito mais rápido que os tratamentos. Nos últimos 20 anos, cerca de 40 predisposições genéticas a câncer foram identificadas. É legítimo incluí-las na lei de bioética? O Reino Unido, que possui uma das legislações mais liberais da Europa, acha que sim. E responde afirmativamente até mesmo para predisposições de pouco risco. O país realizou recentemente o primeiro DPI para evitar a

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