Manifesto comunista
A história de toda a humanidade se resume para Marx e Engels na história da luta de classes[4] onde há um enfrentamento constante entre uma classe que é dominante e outra que é dominada, “Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre e oficial, em suma, opressores e oprimidos sempre estiveram em constante oposição; empenhados numa luta sem trégua, [...]” (MARX, 2002, p. 23).
Para Marx a sociedade moderna não substitui a luta de classes apenas trocou de classes antigas por novas, novas condições de opressão da mesma forma novas formas de condições de luta. Nessa época da burguesia a sociedade cada vez mais caminha para dois grandes blocos inimigos: o proletariado e a burguesia,[5] tendo passado para Marx e Engels por um longo processo de desenvolvimento, pelos diferentes modos de produção.[6] Tendo em vista o vertiginoso papel fundamental que ocupou a burguesia ao longo da história.
Segundo Marx a burguesia destruiu todas as relações, sejam feudais, patriarcais, idílicas, transformando em um puro interesse pelo dinheiro,[7] resumindo “[...] pela exploração, aberta, cínica e brutal” (MARX, 2002, p. 28).
Dessa forma, “A burguesia rasgou o véu de emoção e de sentimentalidade das relações familiares e reduziu-as a mera relação monetária”. (MARX, 2002, p. 28). A burguesia para Marx é uma das causas das destruições entre os homens, dessa forma a burguesia não pode existir sem “revolucionar os instrumentos de produção; portanto, as relações de produção; e assim o conjunto das relações sociais”.[8] Assim, o que era antigo deixa de existir sendo constantemente transformado, Marx expõe sua famosa frase “tudo o que era estável e sólido desmancha no ar; [...]”.[9]