Manifesto Comunista _ Resenha Crítica
Esta obra expressa a concepção de Karl Marx e Friedrich Engels sobre o modo de produção capitalista, a enorme desigualdade social decorrente deste e a necessidade de união dos trabalhadores na luta contra a burguesia, detentora dos meios de produção.
Karl Marx, filósofo alemão, é pai do socialismo científico, também conhecido como marxismo. Seus trabalhos influenciaram diversas áreas do saber humano, como a sociologia, a economia, a filosofia e a história.
Friedrich Engels, também filósofo, é autor, ao lado de Marx, de diversas obras que revolucionaram o pensamento e a análise social. O Manifesto Comunista é considerado fundador do socialismo científico, uma teoria que parte da concepção de que os fenômenos históricos podem ser analisados e até mesmo previstos, ainda que parcialmente, com base no conhecimento das leis que governam o funcionamento da história. Por essas mesmas leis, seria possível deduzir que o capitalismo viveria sucessivas crises até ser derrotado pela luta do proletariado organizado em um partido político, que implantaria o socialismo.
A publicação do Manifesto Comunista se dá em 1848, e tem por base três conceitos principais:
• Dialética – A natureza e a sociedade passam por um processo ininterrupto de mudanças. Esse processo é dialético, isto é, move-se pela luta de forças contrárias. O confronto promove mudanças qualitativas e quantitativas na realidade.
• Modo de produção – Toda sociedade possui uma base material (estrutura) representada pelas forças de produção econômica (os instrumentos e pessoas nela envolvidos) e pelas relações sociais de produção (de dominação, de solidariedade). Este modo de produção condiciona, de maneira geral, a vida social, política e intelectual. Assim, para Marx, não é a consciência dos homens que determina sua existência, mas sim a existência que determina sua consciência.
• Luta de classes – Em termos sociais, o que move a história humana é a luta de classes, que só terminaria