Manifestações
2000. O enfrentamento popular encontrará resistências nas estruturas sociais brasileiras. A tessitura social elitista, na caminhada histórica do País, reprimiu as tentativas populares de romper a ordem excludente, com o uso da violência extremada, inclusive com a matança de milhões de negros e índios que ousaram contrapor-se ao sistema. A elite conservadora brasileira aliou-se à elite dos países europeus e dos EUA, para consolidar, nesta atual ordem neoliberal, o processo de privatização que redundou no aumento das tarifas dos serviços públicos. O desafio maior dos movimentos populares de junho de 2013 é exatamente estancar essa aliança.
Palavras-chave: Manifestações populares; privatizações.
INTRODUÇÃO
Propagou-se, no imaginário popular, que a população brasileira é refratária a protestos.
A corrupção generalizada na política seria um reflexo do comportamento das camadas populares, apegadas a um tal “jeitinho” que servia de espelho às podridões nos canteiros de
Prefeituras, Governos Estaduais e Presidência da República.
De repente, a população, acusada de comodismo, veste as chinelas e despeja nas ruas gritos de inconformismo contra as práticas políticas e pela melhoria nos serviços públicos.
Cogita-se em 2 milhões de pessoas nas ruas das grandes e médias cidades brasileiras. A bandeira do movimento popular estendeu-se pela redução das tarifas de transporte, melhorias na saúde e educação e contra a corrupção e impunidade