Manifestações orais em neoplasias
ALTERAÇÕES BUCAIS E CONDUTAS TERAPÊUTICAS EM PACIENTES INFANTO-JUVENIS SUBMETIDOS A TRATAMENTOS ANTI-NEOPLÁSICOS* ORAL ALTERATIONS IN JUVENILE PATIENTS SUBMITTED TO RADIOTHERAPY AND CHEMOTHERAPY*
Fernanda Maria Kroetz1 e Gislaine Denise Czlusniak2
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Autor para contato: Rua Petit Carneiro, 1331 - apto. 1401, Curitiba, PR, Brasil; (41) 343-0274; e-mail: ferkroetz@brturbo.com Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, Departamento de Odontologia; Curso de Especialização em Odontopediatria da EAP/ABO-Ponta Grossa; (42) 220-3111; e-mail:czlusniak@uol.com.br
Recebido para publicação em 01/09/2003 Aceito para publicação em 22/10/2003
RESUMO Entre as doenças malignas na infância, a leucemia é a mais comumente encontrada, sendo caracterizada pela produção descontrolada de blastos, ou seja, leucócitos na forma imatura. Apresenta várias manifestações clínicas, como febre, sintomatologia dolorosa nos ossos e articulações, fadiga, mal-estar, além de petéquias, equimoses e epistaxes. Na cavidade bucal observam-se quadros clínicos de gengivites, hiperplasias gengivais, infecções oportunistas, alterações radiográficas nos ossos alveolares e sangramentos gengivais espontâneos. Durante o tratamento antineoplásico,as alterações na cavidade bucal alcançam maior gravidade, pois tanto a radioterapia quanto a quimioterapia não diferenciam as células neoplásicas das células normais. Como conseqüência, provocam mucosite, xerostomia, infecções fúngicas, bacterianas e virais, além de alterações no paladar e ligamento periodontal. Hemorragias gengivais, distúrbios na formação dos germes dentários, trismo muscular, cárie de radiação e osteorradionecrose são achados com freqüência. Dessa forma, há necessidade do estabelecimento de um protocolo no atendimento odontológico que abranja diversas medidas profiláticas, adequando a cavidade bucal antes de iniciar as terapias anti-neoplásicas, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida do paciente infantil. Palavras-chave: