Manifestações históricas e a atuação da juventude nas ruas do Rio de Janeiro.
As manifestações anteriores haviam sido marcadas por combatividade das massas e pela repressão policial, mas, assim como em todo Brasil, ao invés do movimento murchar, só aumentou. As faixas, cartazes e palavras de ordem que tomaram conta das ruas animaram toda a população carioca.
Antes mesmo da concentração, a Polícia Militar colocou soldados em vários pontos do Centro revistando os manifestantes que se dirigiam para a Candelária, onde foi a concentração do ato.
Quando a manifestação chegou na Cinelândia, milhares prosseguiram em direção à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Em um determinado momento, iniciou-se um confronto que, devido às suas proporções, foi o mais violento dos últimos anos. Os cerca de 80 policiais que estavam cercando o edifício foram alvejados por fogos de artifícios, pedras e coquetéis molotov. Cerca de 20 policiais ficaram feridos.
As ruas viraram verdadeiro cenário de guerra. Barricadas foram erguidas, várias agências bancárias e grandes lojas foram destruídas e carros foram incendiados. A situação saiu do controle. Os vídeos feitos registram milhares de manifestantes atacando um grupo de policiais, deixando um deles gravemente ferido. A polícia efetuou vários disparos com armas de fogo, atingindo duas pessoas.
Pelo menos 23 pessoas foram detidas. Ao término da passeata, a polícia começou a efetuar prisões de forma arbitrária. Um policial do Batalhão de Choque foi preso por abuso de autoridade. Ele liderou uma ação que deteve oito jovens na Praça Quinze. Um dos jovens presos era cadeirante. "Fui à manifestação com meus