Manicômio mental- a outra face da clasura
PELBART, Peter Pál. Manicômio mental- a outra face da clasura. In: Saúde Loucura 2. São Paulo: Ed. Hucitec, 1990.
RESENHA
ASSIS remonta a historia de um médico o Dr.Simão Bacamarte que acontece na vila de Itaguaí, o médico se dedicou de forma profunda nos estudos sobre a medicina em especial sobre a patologia mental. Simão deparou-se com o costume da sociedade em não tratar do considerados loucos, e obteve licença da Câmara para construir um local onde reuniria todos os loucos da cidade em um único local, chamado Casa Verde. E estava sob sua autoridade determinar quem seria louco, pois seu critério de internação norteava em algum desvio nas faculdades mentais, ou seja no comportamento do individuo.
Os loucos começaram a ser internados conforme a sua patologia e necessidade de tratamento, com o passar do tempo, seu diagnóstico estava atingindo até mesmo pessoas que eram consideradas sãs. O médico começou a perceber que existiam mais pessoas internadas, do que pessoas vivendo na sociedade, pois sua teoria estava sendo rígida. Ele então recebeu muitas criticas, e resolveu dar alta para todos os loucos dizendo que estavam curados. Mas em contrapartida inverteu sua teoria que relatava que o louco seria aquele que possui a mente em perfeito equilíbrio e não o que tem o juízo doentio, e se internou na própria instituição.
PELBART relata sobre uma sociedade em que loucos não mais estariam segregados, o que constituiria uma idéia de sociedade sem manicômios, ele expõe a idéia de derrubar os muros do manicômio e abraçar os loucos como no tempo primitivo. O autor segrega a idéia de louco e loucura, aquele é o ser discriminado da sociedade, excluído e recluso, já este é a desrazão, uma dimensão essencial de nossa cultura: a estranheza, a ameaça, a alteridade radical, tudo o que a sociedade enxerga como limite. O louco foi considerado cronicamente como um ser