Manejo Cerrado
O cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, atrás apenas da Amazônia, ocupa cerca de 25% do território nacional com 203 milhões de hectares, segundo IBGE (2004). No quesito savana tropical, evidencia-se sua importância e potencial, sendo a mais rica do mundo em biodiversidade. (EMBRAPA, 2007) Está situado na porção central do território brasileiro, tendo sua extensão sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além de pequenas áreas no Amapá, Roraima e Amazonas, conforme representado na figura abaixo.
Figura . Extensão do Cerrado. Fonte: IBGE 2004
O cerrado apresenta uma grande variação de solos e de suas características, como composição química, tipo de drenagem e profundidade. Essas diversidades se devem a heterogeneidade espacial do bioma, onde diversas fitofisionomias se alteram ao longo da paisagem (LOPES; COX 1977). A diversificação dos solos e terrenos do Cerrado se devem a fatores ligados à geomorfologia e evolução do relevo, que também contribuem para a diversidade de ambientes e paisagens.
De modo geral, a região do cerrado pode ser definida como um domínio de planaltos antigos com topografia suave ou levemente ondulada, geralmente acima dos 500m, interligados por depressões periféricas.
O clima é um fator importante na dinâmica sazonal do domínio, porém não representa um componente determinante para ocorrência do cerrado, como é o caso da Floresta Amazônica e Caatinga. O clima dominante da região é tropical-quente-subúmido, caracterizado por forte estacionalidade das chuvas e ausência de estacionalidade da temperatura média diária. Porém, as serras e planaltos altos de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul sofrem quedas de temperatura, inclusive geadas, caracterizando áreas de clima tropical de altitude (EITEN, 1994).
São reconhecidos três grandes grupos de formações no cerrado, o primeiro composto por