Mandioca manihot esculenta
A mandioca pertence à família Euphorbiaceae, gênero Manihot, espécie Manihot esculenta com diversas etnovariedades, é uma planta perene arbustiva de origem americana amplamente utilizada no Brasil de diversas formas. As cultivares de Manihot esculenta ou o seu sinônimo de Manihot utilissima são classificados em dois grandes grupos de acordo com a concentração de glicosídeos cianogênicos que apresentam em suas raízes: mandiocas bravas, utilizadas na indústria e mandiocas mansas com baixo teor de glicosídeos cianogênicos de consumo direto (NASSAR, 2007).
As raízes são usadas no consumo direto (mandioca de mesa), na obtenção da farinha e da fécula, principalmente. A cultura regional do Norte do Brasil utiliza ainda as folhas, no preparo de pratos como a maniçoba, e utiliza a água obtida na produção da farinha para o preparo da manipuera (SANTOS, 2010).
A maior parte do cultivo da mandioca é destinada à produção da farinha de mandioca e da fécula (amido extraído das raízes) a partir da qual são obtidos subprodutos, os amidos modificados, como o polvilho azedo, tapioca, o sagu, entre outros que são utilizados na indústria alimentícia. Além isso a mandioca é utilizada na mineração, extração de petróleo, indústria farmacêutica, de papel e celulose, cosméticos, ração animal, entre outros (SANTOS, 2010; AMARAL ET AL, 2007).
A produção da raiz de mandioca no mundo todo em 2009 foi de 233,8 milhões de toneladas para uma área colhida de 18,9 milhões de hectares, com uma produtividade de raiz de 12,3 t/ha. O Brasil é o terceiro maior produtor e participou com 10,4% da produção mundial atrás de Nigéria (15,7%) e Tailândia (12,9%) em 2009 com 24,4 milhões de toneladas de raíz em 1,76 milhões de hectares; produtividade de 13,8 t/ ha (FAO, 2011).
Desta produção a região Norte é responsável por 29,5%; Nordeste 33,5%; Sudeste 9%, Sul 22,5%; Centro-oeste 5,5% Os estados que mais produzem são Pará, Paraná e Bahia com destaque para as melhores produtividades em