Mamografia
Introdução
O exame mamográfico foi criado pelo médico radiologista francês Charles Gros em meados da década de 1960. Trata-se de uma radiografia específica das mamas. A imagem é obtida através da captação dos raios-X que atravessam o tecido mamário comprimido entre duas placas a fim de diminuir a sobreposição das estruturas e aproximá-las do filme detector. A imagem produzida é definitiva, e sua qualidade depende das condições técnicas durante a execução do exame. A partir da década de 1970 o exame foi revolucionado pela associação de filmes de alta definição com um écran intensificador de imagem, permitido então um processamento mais rápido e a diminuição da dose de radiação necessária para a obtenção da imagem. Ainda assim, uma em cada dez mulheres precisa repetir o exame para obter imagens complementares ou melhoradas. Em janeiro de 2000 foi aprovado nos EUA o primeiro sistema mamográfico digital. Neste, os componentes detectores de radiação transmitem impulsos elétricos a um computador que projeta a imagem diretamente para um monitor. Exceto pela diferença de captação da imagem, ambos os métodos são semelhantes. O posicionamento da paciente e a compressão das mamas são idênticos. A metodologia digitalizada oferece algumas vantagens que parecem evidentes: - Processamento eletrônico mais rápido
- Imagens em forma de arquivos digitais
- Menor exposição à radiação
Na mamografia convencional, o filme leva cerca de três minutos para ser revelado e, no caso de a imagem não ficar nítida, é preciso repetir o exame com a paciente posicionada novamente, o que ocorre em 10% dos casos. A imagem digital é processada em apenas cinco segundos e é possível melhorá-la no próprio monitor – ampliando-a ou alterando o contraste - sem depender da presença da mulher que se submete ao exame. Além disso, é possível aplicar softwares que auxiliam na interpretação das imagens, permitindo um diagnóstico mais rápido e