mama em radiologia
NOÇÕES DE ANATOMIA A mama desenvolve-se a partir de anexos cutâneos na região peitoral do embrião, na chamada “linha do leite”, que se estende da axila à região inguinal, podendo persistir como mamas acessórias ao longo dessa linha na vida adulta. Cada mama ocupa, normalmente, a face ântero-lateral do tórax, da segunda à sexta costelas. O parênquima mamário tem como limites a borda medial do esterno, o músculo grande dorsal, a clavícula e, inferiormente, o sulco submamário, podendo, às vezes, atingir a parede abdominal superior. Na porção súpero-externa, a glândula se insinua até o andar inferior da axila, constituindo a cauda de Spence ou prolongamento axilar.
O parênquima é envolvido por revestimento cutâneo semelhante, em textura, ao do resto do corpo. Existem dois planos: as fáscias superficial e profunda, sendo a primeira acoplada à derme e a segunda facilmente identificada junto à aponeurose do grande peitoral. Trabéculas conjuntivas unem as duas fáscias, chamadas de ligamentos suspensores de Cooper, não existindo plano definido entre esses ligamentos e a derme.
O tecido glandular é entremeado de estroma conjuntivo e de gordura, cuja proporção relativa varia de acordo com a idade e as características biológicas individuais (como por exemplo, o índice de massa corporal e o volume da mama), estando constituído em média por 48% de tecido gorduroso. A tendência, com o passar dos anos, é de o parênquima se atrofiar e ser substituído por tecido adiposo, processo conhecido por lipossubstituição fisiológica da mama, que se inicia em torno dos 35 anos. A unidade anátomo-funcional da mama é o lobo mamário, havendo cerca de 15 - 20 deles, representados por 20 ductos terminais que se exteriorizam pelo mamilo. Cada ducto drena um lobo formado por 20 a 40 lóbulos. Cada lóbulo consiste de 10 a 100 alvéolos. Irrigação sangüínea O principal suprimento sangüíneo vem das artérias mamárias interna (60% da mama) e torácica lateral (30% da mama). O restante