Malha cruzada
5.1.
Definições
O termo “Estratégia” diz respeito à forma como os recursos disponíveis são alocados para que determinado objetivo seja alcançado.
No contexto de controle de processos, os recursos podem ser instrumentos de medição, atuadores e blocos de cálculo (controladores, filtros, compensadores, funções aritméticas, etc).
Ao combinar estes elementos, é possível criar estratégias que permitem antecipar perturbações, compensar não-linearidades, tratar restrições, minimizar limitações de atuadores, entre outras muitas aplicações.
A Figura 1 mostra um esquema de um sistema de controle. Na camada inferior estão representados os instrumentos e equipamentos presentes na planta (sensores e atuadores). A camada superior representa o equipamento de controle e suas funções matemáticas programáveis. As estratégias de controle definem como estas funções irão ser combinadas e como serão processados os sinais recebidos de sensores (PV’s) e setpoints (SP’s) para a geração dos sinais de comando para os atuadores (MV’s).
Figura 1 – Recursos de um sistema de controle
A estratégia de realimentação simples (feedback) é a mais elementar, pois necessita apenas de um sensor, um atuador e um controlador. As outras utilizam um número maior de sensores ou atuadores, potencializando resultados. A tabela 1 apresenta as estratégias de controle que serão estudadas e os recursos utilizados por cada uma. Algumas utilizam uma combinação com mais de uma PV e MV para desempenhar sua função.
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Notas de Aula de Controle de Processos Industriais – Prof. Lúcio Passos
Tabela 1 – Algumas estratégias e os recursos utilizados
5.2.
Realimentação Simples (feedback)
É a estratégia mais elementar, constituída de um sensor/transmissor, um controlador e um elemento final de controle, interligados formando um elo de realimentação.
Figura 2 – diagrama de bloco da estratégia “feedback”
Ela é capaz de manter a malha