Males do ruido
2 Nas fábricas misturam-se marteladas pneumáticas e mecânicas com rotação de peças; e no lazer de restaurantes e de casas noturnas expande-se o estardalhaço pela noite a dentro, agredindo violentamente o ambiente acústico das zonas residenciais. Inviabiliza o silêncio, criando um barulho de fundo sem trégua, agora invadindo o cérebro dia e noite. Tudo isto descontrola o ritmo biológico do homem, tornando-o excitado, agressivo e maníaco, levando-o freqüentemente à depressão em caráter epidemiológico.
3 As informações externas entram no cérebro, se dirigindo para o polo frontal, da racionalidade, onde é processada. Aí está conectado a uma rede neuronal de retroalimentação, que controla o excesso, atuando como mecanismo de auto-proteção e salubridade, eliminando informações pouco assimiláveis, de pouco conteúdo, caotizadas, visuais, emocionais etc, sobretudo fora do contexto. A sobrecarga deste circuito pode levar a uma espécie de esquizofrenia, reduzindo drasticamente a capacidade interpretativa do cérebro.
4 Hoje nos países desenvolvidos, após uma euforia de crescimento, há uma tendência à diminuição da população urbana e controle mais rígido e programado da qualidade de vida, garantindo ao ser humano melhores rendimentos nos trabalhos físico, mental e psicológico .
5 Um esforço para melhoria da qualidade de vida em toda a França fez cair o incômodo em geral na habitação, de 70% para 34% na década 1976-86, mantendo sempre o ruído como o principal agente agressor com 79% das queixas em 86, do qual a principal fonte era o trânsito com 55% .
6 Mesmo assim os impactos no ritmo