Mal estar na civilização
A fim de desviar certas excitações desagradáveis que surgem do interior, o ego não pode utilizar senão os métodos que utilizam contra os desprazeres do exterior e este é o ponto de partida de importantes distúrbios patológicos.
Em muitas pessoas este sentimento primário do ego persiste neste sentido ao lado de componentes demarcados pela maturidade coexiste um conteúdo ideacional que seria a ideia de um vínculo com o universo- sentimento oceânico.
Para Freud, o esquecimento não significa a destruição do resíduo mnêmico, tudo é preservado e em circunstâncias apropriadas volta com força. O passado acha-se preservado na vida mental.
O sentimento oceânico existe e muitas pessoas, seria este derivado de uma fase primitiva do sentimento do ego, será esse sentimento a fonte das necessidades religiosas.
Freud apresenta como tese o fato da cultura produzir um mal-estar nos seres humanos, visto que existe um antagonismo intransponível entre as exigências da pulsão e as da civilização. Assim, para o bem da sociedade o indivíduo é sacrificado para que a civilização possa se desenvolver o homem tem que pagar o preço da renúncia da satisfação pulsional (a vida sexual do homem e sua agressividade são severamente prejudicadas).
Ainda salienta que todo indivíduo é inimigo da civilização, já que em todos os homens existem tendências destrutivas, antissociais e anti-culturais. A civilização, portanto, trava uma luta constante contra o homem isolado e sua liberdade, substituindo o poder do indivíduo pelo poder da