Mal Cr Nico Da Sa De P Blica Brasileira
Falta de comprometimento da União com aumento de investimentos, incentivos a planos privados que não dão conta do atendimento e até preconceito afetam o maior sistema de saúde do mundo por Cida de Oliveira e Sarah Fernandes, da RBA publicado 05/09/2014 13:19, última modificação 05/09/2014 18:32
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ALBERTO CÉSAR ARAÚJO/FOLHAPRESS
Gastos do Brasil com saúde ainda é menor que média mundial, mas valor quadriplicou entre 2000 e 2010
São Paulo – Estratégias como Samu, cirurgias avançadas, transplantes e diversos outros tratamentos caros e o Programa Nacional de Imunizações (PNI) – referência no mundo todo. Por trás de tudo isso há um complexo sistema que regula, fiscaliza, controla e executa ações de saúde em todo o país: o SUS, que só em 2012 realizou 3,9 bilhões de procedimentos em todo o país, sendo 11 milhões de internações, 3,3 milhões de cirurgias, 2 milhões em obstetrícia e 6 milhões de internações clínicas. Exames foram 887 milhões, incluindo os bioquímicos e os de imagem. Ações de promoção e prevenção, 583 milhões.
Pelo princípio constitucional, esse sistema deve garantir a todos os brasileiros, sem quaisquer formas de distinção, o acesso a uma cobertura integral. Ao completar 26 anos, porém, o SUS ainda não conseguiu articular universalidade, integralidade e equidade conforme foi criado, com a Constituição de 1988. É bem verdade que o atendimento na rede pública, legalmente garantido a qualquer pessoa, é oferecido sem que se tenha de pagar. Porém, nem todos os brasileiros têm serviço de saúde no município em que moram; nem todas as unidades têm profissionais; e consultas, principalmente com especialistas, assim como exames, cirurgias e demais procedimentos podem demorar meses para ocorrer. Apesar do sucesso do SUS em muitas áreas, o atendimento geralmente – e não em todos os casos, diga-se de passagem – está distante do ideal em termos de qualidade e resolutividade