Maioridade penal sem hipocrisia
Elizabeth Metynoski
Temos que analisar a redução da maioridade penal sem hipocrisia, pois dizer um “não resolve” é não ter maturidade para tomar uma atitude, ou dar um primeiro passo rumo à solução do problema do menor infrator. As instituições de proteção ao adolescente alegam que isso iria contra os direitos da criança e do adolescente, mas nunca a redução da maioridade penal vai ser uma afronta ao adolescente devidamente integrado ao convívio social.
Os que defendem que a maioridade penal fique como está, não passaram pela perda de um filho ou ente querido pelas mãos de um “Di Menor” e muito menos levariam um “Champinha”, um “Catatau” ou um “Batoré” para sua casa, conviver com seus filhos e netos. Os psicólogos, sociólogos, OAB, CNBB e direitos humanos falam contra a redução da maioridade, mas nenhum deles oferece algum tipo de ajuda ou apoio de qualquer espécie às famílias das vitimas.
A maioridade como temos hoje, foi estabelecida no ano 1940, quando o Brasil era essencialmente um país rural, com os índices de criminalidade envolvendo menores baixíssimos, quase nenhum. Os adolescentes de hoje não podem ser absolutamente comparados com os daquela época! Hoje, o índice de informação a que a criança e o adolescente está exposto e o avanço da criminalidade recrutando menores para as suas fileiras pelo fato das leis para os mesmos serem mais “brandas” já bastariam para justificar esta mudança.
De todos os delitos cometidos nos dias de hoje, 10% tem a participação de menores, muitas vezes assumindo a “parte mais pesada da condenação” (na realidade foi cometida por um adulto, mas que joga para o menor, mais uma vez pelas leis brandas que regem a sua pena).
Existem hoje por volta de 15.400 adolescentes detidos, dos quais: 14% por crimes contra a vida e destes cerca de 1% por crimes com uso de crueldade extrema. Por volta de 85% por crimes contra o patrimônio (roubo, furto ou tráfico de drogas). Mas um índice assustador, mesmo é