Maias
Me lembro que no meu primeiro dia de aula minha mãe me trouxe para a escola, mas não sei direito o porquê eu comecei a chorar e não queria continuar lá de jeito nenhum. Também é difícil você largar aquela rotina de comer, ver tv e brincar o dia inteiro para ter que ficar horas estudando, mas depois a gente se acostuma.
Para mim, sempre, os adultos que eu mais admirei e admiro são minha mãe e meu pai. Acho que porque sempre vi como eles são felizes e se dão bem; são pessoas legais, que sempre pensam no bem do outro, e acho que no fundo eu queria mesmo era ser igual a eles.
No início da minha adolescência, o aspecto mais importante para mim foi a morte do meu pai; foi uma dor imensa, que achei que com o tempo ia parar, mas me enganei, quanto mais o tempo passa mais a dor aumenta.
Também porque com este acontecimento eu pude ver quem era o meu amigo de verdade; quem eu podia contar no momento mais difícil da minha vida.
Outros aspectos que marcaram minha adolescência foi minha primeira menstruação, meu primeiro beijo, bat-mitzvá, que além de terem sido superimportantes para mim foi difícil passar por eles sem ter meu pai confiar e contar, me dar conselhos e essas coisas que toda menina precisa nessas horas.
Quando eu fico sozinha eu tento me ocupar escrevendo cartas ou bilhetes, fico pensando na vida e sonhando quando eu era pequena, vejo TV e ouço rádio para me distrair, ligo para meu amigo, para me sentir querida, enfim, faço um pouco de tudo.
Hoje em dia eu me considero uma pessoa feliz, romântica e um pouco bagunceira.
Eu também não consigo me interessar por alguma coisa, que acho que eu vivo em um “mundinho” meio diferente do das outras pessoas e