maias
Todavia, apesar da educação, Carlos fracassou. Não foi devido a esta mas falhou, em parte, por causa do meio onde se instalou é a personagem que faz a ligação entre a história da família Maia e o fresco dos costumes da sociedade lisboeta, sendo a personagem principal da obra.
João da Ega
João da Ega é a projeção literária de Eça de Queirós. É um personagem contraditório. Por um lado, romântico e sentimental, por outro, progressista e crítico, sarcástico do Portugal Constitucional. Amigo íntimo de Carlos desde os tempos de Coimbra. É boémio, excêntrico, exagerado, caricatural, anarquista sem Deus e sem moral. Sofre também de diletantismo. Encarna a figura defensora dos valores da escola realista por oposição à romântica. Como Carlos também acaba por fracassar na vida.
O narrador é heterodiegético e assume, geralmente, uma atitude de observador. Neste capítulo o narrador abdica da omnisciência e conta a história de acordo com a capacidade de conhecimento de uma ou mais personagens; neste caso estamos perante a focalização interna: a informação é condicionada pela subjetividade e pela limitação de conhecimentos.
Marcas linguísticas:
Formas verbais na 3ª pessoa
Pronomes e determinantes na 3ª pessoa
Discurso direto livre (nesta obra)
Na intriga principal são retratados os amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda que provocam a catástrofe consumada pela morte do avô, a separação definitiva dos dois amantes e as reflexões de Carlos e Ega. No capítulo XVIII, todos esses acontecimentos levam a que Carlos saia do seu país e parta numa viagem com João da Ega. O último capítulo constitui o