Maias -cap 1 e 2
Afonso da Maia um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes, e com a sua face larga de nariz aquilino, a pele corada, quase vermelha, o cabelo branco cortado à escovinha, e a barba de neve aguda e longa.
Acariciador, e paciente; cada vez amava mais o que é pobre e que é fraco.
Caetano da Maia
Era pai de Afonso e avô de Pedro. português antigo e fiel que se benzia ao nome de Robespierre. Apresentava ideias miguelistas, pelo facto de apenas ter um sentimento vivo- o horror, o ódio ao jacobino, a que atribui todos os males.
D. Maria Eduarda Runa
Quando Caetano da Maia morre, Afonso regressa de Inglaterra e conhece D. Maria Runa. Mãe de Pedro.
Linda morena, mimosa, e um pouco adoentada.
Rezava o terço no sótão em pais protestante, com as criadas em murmúrio de aves-marias, o encanto de uma conjuração católica.
Pedro da Maia
Teve educação à portuguesa, por padre Vasques. era um fraco, acostumado com o colo das criadas e aos recantos estofados, tinha medo do vento e das árvores.
Paixão pela mãe, seu único sentimento vivo. esperto, são e valente. tornava-se também devoto: lia Vidas de Santos, visitava o lausperene: eram desses bruscos abatimentos de alma que outrora levavam os fracos aos mosteiros. adulto: rapaz alto, macilento, de bigodes negros, vestido de negro
Padre Vasques obeso e sórdido
Maria Monforte·
Cabelos loura, de um ouro fulvo, ondeava de leve sobre a testa curta e clássica: os olhos maravilhosos iluminavam-na toda. Carnação de mármore; perfil grave de estátua, o modelado nobre dos ombros e dos braços que o xaile cingia. faziam dizer às senhoras que ela se vestia «como uma cómica»
Alencar dedos magros, pelos anéis da cabeleira e pelas pontas do bigode, começou, todo recostado e dando um puxão aos punhos.
Manuel Monforte:‘ Papá Monforte’
Taciturno, tremia diante da filha. origens: dos Açores; muito moço, uma facada numa rixa, um cadáver a uma esquina tinham-no forçado a fugir a