mahamudra de tilopa
MAHAMUDRA, DE TILOPA
(Budismo Tibetano, Tantra, Meditação, Yoga)
A Instrução de Tilopa sobre o Grande Símbolo (Mahamudra), para Naropa, em Vinte e Oito Versos
Homenagem aos Oitenta e Quatro Mahasiddhas!
Homenagem ao Mahamudra!
Homenagem à Vajradakini!
Tilopa
Naropa
1
Vajradakini
[1] O Mahamudra não pode ser ensinado, ó inteligente Naropa,
Mas como você passou pela austeridade rigorosa,
Com tolerância no sofrimento e devoção ao mestre,
Ó abençoado, guarde esta instrução secreta em seu coração.
[2] Assim como ninguém pode se segurar no espaço,
No Mahamudra não existe ponto de apoio.
Fique parado no estado natural, sem qualquer artifício.
Assim, sem dúvida, os nós se soltarão.
[3] Contemplando o meio do céu vazio, a visão cessa;
Do mesmo modo, quando a mente olha para a própria mente,
Termina o fluxo do pensamento discursivo e conceitual
E é obtido o despertar supremo.
[4] Assim como a neblina da manhã se dissolve no ar,
Sem ir a qualquer lugar, mas cessando de ser,
As ondas da conceitualização se dissolvem com ondas
Quando você contempla a verdadeira natureza de sua mente.
[5] O espaço puro está além das cores e das formas,
Permanece imutável quando vestido de preto ou branco;
Assim também, a essência da mente está além da cor e da forma
E permanece imutável mesmo vestida por ações negras ou brancas.
2
[6] A escuridão de mil eras não tem poder
Para ofuscar a claridade de cristal do coração do Sol;
E do mesmo modo, eras de samsara não têm poder
Para encobrir a essência luminosa do espírito.
[7] Apesar de o espaço ser chamado de “vazio”,
Na realidade ele é indescritível;
Apesar da natureza da mente ser chamada de “clara luz”,
Mesmo essa concepção não tem fundamento.
[8] A natureza original da mente é como o espaço;
Ela permeia e abraça todas as coisas sob o Sol.
Sem agir, com o corpo naturalmente tranqüilo,
Em silêncio, as palavras