Magreza é Beleza?
É uma verdade universal que o padrão de beleza requer magreza. O elogio dos corpos esqueléticos e das faces esquálidas de olhar baço e doentio, obtidos à custa de dietas draconiana, envolve muito dinheiro. Por isso não admira que cada vez haja mais pessoas em busca do corpo perfeito apesar de essa busca poder trazer mais prejuízos do que benefícios. É verdade é que cada vez há mais incentivos e propaganda à magreza.
Infelizmente essa propaganda surge-nos como o pão nosso de cada dia. Para onde quer que se olhe lá está algum incentivo de que as magras têm mais sucesso. Veja-mos o caso da mascote do Continente, a Popota. Sim, até a Popota para se tornar mais popular, teve que emagrecer, ganhando assim mais tempo de antena.
Mas os exemplos não ficam por aqui. Na passada quarta-feira, dia 9, ocorreu em Nova Iorque o grande desfile da Victoria's Secret onde, naturalmente, só desfilam modelos deslumbrantes. O que me choca são as declarações das participantes sobre os sacrifícios que tem que fazer para participar. Claro que tem que ter todos os requisitos para ser top model e fazer dietas. Ate aqui todo bem, mas Adriana Lima admite em entrevista que apesar do treino excessivo (2 vezes ao dia) teve que ficar nove dias sem ingerir qualquer tipo de sólido. E nas doze horas antecedentes ao desfile nem água pôde beber. Ganhando assim uma barriga completamente lisa.
O problema a que todos estes exemplos são casos com sucesso o que estimula o emagrecimento. Considera-se uma mulher atraente, desejável e de sucesso apenas quando ela é magra e bela. Na medida em que o corpo esbelto e firme torna-se uma norma consensual e agrega representações imaginárias de supervalorização e prestígio. Mesmo as que não apresentam nenhum excesso de peso por vezes desejam emagrecer.
Apesar da ditadura da magreza vamos encontrando resistência no politicamente correto, o sucesso de algumas actrizes (bem) acima do peso considerado normal pode ser o indicativo de que as