MAGNA CARTA
Após a conquista normanda de 1066 e os desdobramentos históricos do século XII, o rei da Inglaterra se tornara na virada do século XIII um dos soberanos mais poderosos da Europa, devido ao sofisticado sistema de governo centralizado introduzido pelos normandos e às amplas possessões anglo-normandas no continente. Entretanto, uma extraordinária seqüência de fracassos da parte do rei João - que subira ao trono inglês no início do século XIII - levou os barões ingleses a se revoltar e a impor limites ao poder real.
FORAM TRÊS OS SEUS GRANDES FRACASSOS:
Primeiro, o rei não tinha o respeito dos seus súditos, devido à maneira pela qual tomou o poder após a morte de Ricardo Coração-de-Leão. João mandou aprisionar e, ao que parece, liquidar o seu sobrinho e co-pretendente ao trono, Artur da Bretanha, causando a rebelião da Normandia e da Bretanha contra o rei inglês.
Em segundo lugar, João fracassou em sua tentativa de reconquistar os territórios ingleses tomados por Filipe Augusto de França, fracasso este que ficou patente com a batalha de Bouvines, em 1214. Não é por este motivo que João é chamado de "Sem Terra" (Lackland), mas sim porque, sendo o filho mais novo, não recebera terras em herança, ao contrário de seus irmãos mais velhos.
O terceiro fracasso de João foi envolver-se numa controvérsia com a Igreja Católica acerca da indicação do Arcebispo da Cantuária. O rei recusou-se a aceitar a indicação feita pelo Papa para a posição e, em conseqüência, a Inglaterra foi colocada sob sentença de interdição até que João se submetesse, em 1213.
O Rei foi obrigado a assinar o chamado “Artigos dos Barões” pelos próprios barões em 10 de junho de 1215, João não pretendia honrar a Magna Carta, repudiou o documento e mergulhou a Inglaterra numa guerra civil.
IMPORTÂNCIA HISTÓRICA
A Magna Carta proporcionou o enfraquecimento do poder imperial, pela proposta de transformar o conceito e estado, nesse contexto de evolução histórica que deve