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Integrantes do Greenpeace, do Cimi e da Opan , que ajudaram os Deni a lutar por seu território, além de autoridades, convidados especiais e jornalistas de vários países, participaram da festa.
Com a demarcação da terra Deni, um corredor `etno- ambiental` de mais de 3,6 milhões de hectares de floresta amazônica será formado, ligando oito terras indígenas. Esse corredor, ainda não cientificamente estudado, vai assegurar o uso exclusivo dos recursos da floresta por uma população estimada em mais de 2,4 mil indivíduos, além de um grupo ainda não contatado, os Hi-marimã.
A demarcação de terras indígenas tem se demonstrado uma forma eficiente de proteção à floresta amazônica, ameaçada por milhares de madeireiros que, em sua maioria, atuam de forma ilegal e predatória; por queimadas; pelo avanço da fronteira agrícola e pecuária; e por grandes obras que abrem o coração da floresta à devastação. Imagens de satélite da Amazônia Legal revelam que o desmatamento crescente não cruza as fronteiras de territórios tradicionalmente usados pelos povos indígenas.
O desmatamento anual estimado para o período agosto/2001- agosto/2002, por exemplo, alcançou o alarmante índice de 25.460 km2, a segunda maior taxa da história, mas poupou as terras indígenas .
`A demarcação da terra Deni é um passo histórico para todos aqueles que lutam para reverter a tendência de destruição das Florestas Antigas do planeta, por meio do trabalho com as comunidades tradicionais, do estabelecimento de áreas protegidas e pelo cumprimento das legislações nacionais`, disse Nilo D`Avila, da campanha Amazônia do Greenpeace.
`Depois de quatro anos de trabalho com os Deni pela conquista