Madonna: American Life
American Life (Director’s Cut)
André Pacheco*
Resumo: Este artigo visa apresentar uma leitura intertextual do videoclipe de Madonna American Life (Director’s Cut), de maneira a contemplar a visão da cantora sobre a sociedade norte-americana e sua cultura de valorização das guerras.
Palavras-chave: Videoclipe. Intertextualidade. Madonna.
Abstract: This article aims to present an intertextual reading of Madonna
American Life (Director’s Cut) music video so as to contemplate the vision of the singer on American society and its culture of war.
Keywords: Music video. Intertextuality. Madonna.
Graduando em Comunicação Social/Jornalismo na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Email: pacheco_andre@yahoo.com.br. *
1. Introdução
Quando lançou o seu primeiro disco em 1983 (O’BRIEN, 2008, p. 476), Madonna começou a jornada que a transformaria em um dos ícones do século XX. Ela se tornou mais que apenas um produto de sua gravadora; atingiu o status quo de detentora de poder e magnetismo sobre o mercado à medida que mesclava sua música com elementos visuais, principalmente ao lado do poder de difusão do videoclipe 1 .
Como peça importante da indústria fonográfica, um clipe não é apenas um conjunto de imagens anexadas à música para divulgar um material fonográfico; mas sim, o resultado de uma complexa produção audiovisual (COELHO, 2003) que “articula questões ligadas tanto à dinâmica do áudio quanto do visual” (SOARES, 2007, p. 01).
Ao longo de sua carreira, Madonna lançou mais de quarenta 2 videoclipes. Alguns se tornaram referência dentro e fora da indústria, como Bedtime Story (1993, direção de Mark
Romanek) que entrou para o acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea de Nova
York 3 , e desta forma rompeu com a ideia de que os videoclipes são apenas vídeos promocionais (GROSSBERG, 1993).
No meio acadêmico também há a análise desse vasto