Macunaíma
Macunaíma é um romance ou novela com o subtítulo “o herói sem nenhum caráter”. Mário de Andrade tentou representar no anti-herói um ataque às desvirtudes nacionais e aprofundou nos defeitos que via no homem brasileiro. Esta obra traz misturas entre o fantástico, o mitológico, o lendário, o histórico e as crenças populares, reelaborando-as através de uma linguagem conforme as perspectivas da geração desbravadora de 1922, abrasileirando a língua, usando neologismos, populismos e regionalismos.
O livro foi escrito de 16 a 23 de dezembro de 1927, na chácara Pio Lourenço, próximo a Araraquara. Esta obra nasceu num ímpeto, embora o autor tenha estudado e sistematizado lendas, frases feitas, superstições, provérbios etc. Inicialmente Mário escreveu sete cadernos, que depois foram reduzidos a dois.
A difícil classificação da obra em romance ou novela é outro assunto que merece destaque. O próprio Mário de Andrade afirmou ser seu texto uma rapsódia, uma vez que, tal qual a rapsódia musical, mistura temas livres a músicas populares, com grande variedade de motivos populares. Se considerarmos o sentido antigo da palavra romance (como façanhas de um herói), podemos considerar Macunaíma como romance.
Resumo do livro
Macunaíma nasceu numa tribo, localizada na selva amazônica, onde viveu por toda a sua infância. Tem dois irmãos, Maanape e Jiguê. Macunaíma tem vários defeitos que o diferem dos demais meninos: mentiroso, traidor, preguiçoso, adora falar palavrões.
Na juventude, apaixona-se pela índia Ci, a Mãe do Mato, sendo este seu único amor, que lhe deu um filho, um