macunaima
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Macunaíma - Mário de Andrade - Modernismo INTRODUÇÃO/ENREDO Prof. Teotônio Marques Filho http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/emailolutador.html Talvez o paulista Mário de Andrade (1893–1945) seja mais conhecido por sua posição à frente do movimento modernista de 1922 do que propriamente como escritor, embora Macunaíma seja considerada uma obra-prima. Muito devemos a Mário de Andrade, pois sua participação no movimento modernista foi de liderança, – liderança corajosa e inteligente, com sua vida inteiramente voltada para a literatura: poesia, ficção, crítica literária, além de outras atividades artísticas como a crítica de artes plásticas, a musicologia e o folclore. Das inúmeras obras que escreveu, destacam-se exatamente Macunaíma (1928), Amar verbo intransitivo (1927), Paulicéia desvairada (1922), Losango Cáqui (1926), Clã do Jabuti (1927), Remate de males (1930) e Lira paulistana que foi publicada postumamente, em 1946. Segundo informa João Luiz de Lafetá, em "Literatura comentada" (da Abril Educação), "a rapsódia Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, foi escrita por Mário de Andrade, na sua primeira versão, em alguns poucos dias do mês de dezembro de 1926. Polido e repolido, o livro seria editado em 1928, depois de quatro redações, segundo conta o autor em carta ao crítico Tristão de Ataíde. Tanto a rapidez da primeira escrita, quanto os cuidados das três revisões posteriores parecem ter sido não apenas fruto da inspiração, mas também de longos estudos sobre mitologia indígena e sobre o folclore nacional, realizados pelo escritor durante vários anos, além de profundas observações sobre os costumes e a língua cotidiana dos brasileiros. O resultado foi sua obra-prima, uma narrativa de estrutura inovadora, ao nível do enredo, da caracterização das personagens e do estilo. Para Haroldo de Campos, o livro é uma "história de busca" e se compõe de dois grandes movimentos. No primeiro, temos a