macroinvertebrados
Os principais grupos taxonómicos que vivem no meio aquático são os Anelídeos, Moluscos, Crustáceos e
Insectos. Existe um grande nº de espécies e apresentam uma grande variedade de formas e ciclos de vida, que ao contrário de outros organismos aquáticos, contemplam uma fase aérea. Paralelamente, constituem um importante elo no processamento da matéria orgânica de origem vegetal (algas, macrófitos, folhas, troncos, etc.) tendo uma função de reciclagem de nutrientes nos ecossistemas aquáticos. São ainda a principal fonte de alimento da maioria das espécies piscícolas (Vidal-Abarca Gutierrez et al., 1994, Hauer &
Resh, 1996). As características mais importantes dos ecossistemas lóticos (água corrente) estão relacionadas com o seu movimento. A turbulência é responsável pela quantidade de oxigénio incorporada, factor muito importante para a comunidade aquática. A descarga e a velocidade da corrente intervêm na erosão das margens e do leito do rio. Esta controla o tipo e a diversidade de habitats, determinando quais as partículas que são depositadas e as que se deslocam. Por sua vez, a quantidade de sedimentos suspensos na coluna de água determina a quantidade de luz que penetra no sistema, assim como a sua capacidade fotossintética. As comunidades aquáticas podem ser perturbadas por alterações físicas (e.g. construção de barragens, extracção de areia), pela introdução de espécies exóticas ou mesmo de mais substâncias naturais (e.g. sílica, nitratos). Estas alterações podem afectar as comunidades fluviais, bem como os usos potenciais reconhecidos às águas superficiais (e.g. abastecimento, recreio, agro-industriais, produção de energia hidroeléctrica, aquacultura, navegação, conservação da vida aquática). Muitas actividades humanas
(e.g. o