macroeconomia
A inflação é uma subida generalizada do nível de preços. Como já vimos no ponto anterior, calculamos a inflação através do IPC (Índice de Preços no Consumidor) para um cabaz de bens e serviços que reporta a um determinado ano-base.
1. Os Graus da Inflação
A inflação pode ser classificada em três categorias, consoante a sua gravidade: inflação moderada, inflação galopante e hiperinflação.
Inflação Moderada. A inflação moderada é caracterizada pelo aumento lento e previsível dos preços. Podemos defini-la como uma inflação anual de um só dígito (2%, 5%, 8%...). Quando os preços são estáveis os agentes económicos confiam na moeda: estão dispostos a deter moeda porque ela vale quase tanto no prazo de um mês ou até de um ano quanto vale no momento actual. Os agentes estarão dispostos a assinar contratos a longo prazo porque esperam que os preços relativos dos bens que compram e vendem não terão grandes oscilações. É este o cenário que se verifica hoje em dia na maior parte dos países industrializados. Inflação Galopante. A inflação diz-se “galopante” quando tem dois ou três dígitos: 20%, 100% ou 200% ao ano. Muitos países latino-americanos, como o Brasil ou a Argentina tiveram taxas de inflação entre 50% e 700% durante os anos 70 e 80. alguns países desenvolvidos, como a Itália ou o Japão, já sofreram inflações desta grandeza. Uma vez que os preços dão sinais ao mercado de modo a permitir o seu funcionamento, a inflação galopante provoca distorções económicas graves. Os contratos são fixados a um índice de preços ou moeda estrangeira, como o dólar. Ocorrem fugas maciças de capitais para o exterior porque os investimentos financeiros na moeda instável são muito arriscados. As pessoas detêm pequenos montantes de moeda para as transacções diárias e armazenam bens porque o valor da moeda diminui muito rapidamente e nunca emprestam dinheiro a uma taxa de juro nominal baixa. Aliás, existe uma expressão curiosa associada a