Macro e microambientes
Animais de Laboratório
Belmira Ferreira dos Santos
INTRODUÇÃO
O ambiente onde se encontra o animal é dividido em macro e microambientes, sendo a gaiola o divisor entre os dois. Tudo o que se encontra do lado externo da gaiola constitui o macroambiente e tudo o que se encontra em seu interior constitui o microambiente.
1 MACROAMBIENTE
1.1 Instalações
Sua arquitetura e manutenção adequadas influenciam diretamente no manejo. As áreas destinadas aos animais devem ser isoladas fisicamente de laboratórios de controle ou experimentação e áreas administrativas; além disso, devem possuir estrutura que as torne à prova de agentes infecciosos e vetores, como insetos e roedores silvestres. Elas compreendem as salas para as colônias de animais e as áreas de apoio, como as áreas de higienização e esterilização, salas de estoque de materiais limpos e insumos, corredores de acesso etc. A arquitetura influencia e define o tráfego de animais e pessoal, o qual deve ser o menor possível. Para isso, são estabelecidas as barreiras sanitárias, que, de acordo com as suas características, dão a classificação do biotério quanto ao seu status microbiológico.
1.2 Temperatura e umidade relativa
A temperatura e a umidade relativa do ambiente são importantes para a manutenção da higidez animal. A temperatura costuma ser mantida pelo resfriamento ou aquecimento do ar que entra nas salas de criação, formando um complexo sistema de condicionamento de ar. A temperatura de conforto para pequenos roedores é de 21 o C a 24 o C. As cobaias e os coelhos se adaptam melhor a temperaturas de 18 o C a 20 o C. A gaiola serve de divisor dos macro e microambientes, e é sabido que a temperatura pode aumentar de 3 o C a 5 o C, no seu interior, assim como a umidade é sempre mais elevada. As mudanças bruscas de temperatura costumam provocar estresse, com queda de resistência e maior susceptibilidade às infecções. Temperaturas altas provocam queda na reprodução e até sua