Macro-Jê
No século XIX, o cientista alemão Carl Friedrich Philipp von Martius percorreu grande parte do território brasileiro e propôs uma divisão dos índios brasileiros segundo um critério linguístico. Baseado nesse critério, ele criou o grupo gê, que englobava tribos que falavam línguas semelhantes e que costumavam autodenominar-se utilizando a partícula gê, que significava "pai", "chefe" ou "antepassado"'. Um nome alternativo, segundo o próprio
CIENTISTA, seria cram, pois, nesse grupo, também era muito utilizada a partícula cran ("filho", "descendente") para a nomeação das tribos. Grande parte das antigas tribos tapuias estava englobada pelo grupo gê1 .
Já no começo do século XX, os antropólogos passaram a rejeitar o nome "tapuia" e adotaram a denominação de "gês" para este outro grupo de famílias linguísticas. Em 1953, a Associação Brasileira de Antropologia adotou a forma "jê" em substituição a "gê"2 . Com a reforma ortográfica, que preconizava o uso de "j" em vez de "g" para os termos oriundos das línguas indígenas brasileiras, a palavra "gê" passou a ser grafada "jê".
Os Tapuias
Os Tapuias ou macro-jê são um grupo indígena que habita o noroeste do estado brasileiro de Goiás, mais precisamente nas colônias indígenas Carretão I e II.
Resultam da fusão dos índios xavantes com os caiapós. Tal nome era ainda a denominação dada pelos portugueses a indígenas dos grupos que não falavam línguas do tronco tupi e que habitavam no interior do Brasil. Também conhecidos por "Bárbaros" nomeados de acordo com a região onde moravam habitavam, dentre outras regiões, os sertões da Capitania do Rio Grande do
Norte, divididos em vários grupos nomeados de acordo com a região onde moravam – Cariris (Serra da
Borborema),