Maconha
LIBERAÇÃO DO USO DA MACONHA
INTRODUÇÃO
Muito se tem discutido e publicado sobre a maconha e as implicações que seu uso e respectivamente, o tráfico, resultam.
A revista Super Interessante edição de agosto de 2002, publicou a reportagem “a verdade sobre a maconha” em que aponta os interesses morais, políticos e econômicos como as verdadeiras razões dos contra-partidários à sua legalização, e não os argumentos científicos que se referem à saúde.
O presente trabalho pretende abordar o cenário em que se contextualiza o embate quanto à legalização da maconha.
Porém antes de apontarmos os conceitos e embates sobre o tema, faremos uma breve apresentação da planta que dá nome ao tema do nosso trabalho.
1. A MACONHA
Trata-se de uma erva cujo nome científico é Cannabis Sativa. Em latim Cannabis significa cânhamo, que denomina o gênero da família da planta, e sativa diz respeito à cultura plantada ou semeada, e indica a espécie e a natureza do desenvolvimento da planta. Cannabis Sativa é uma planta originária da Ásia Central, com extrema adaptabilidade no que se refere ao clima, altitude, solo, apesar de haver uma variação quanto à conservação das suas propriedades psicoativas. Seu cultivo requer clima quente e seco e umidade adequada do solo (Nahas, 1986; Bergeret & Leblanc, 1991; Costa & Gontiès, 1997; MacRae & Simões, 2000; Gontiès & Araújo, 2003).
Suas folhas trazem um composto químico psicoativo delta-9-tetrahidrocanabinol, o chamado THC. O THC é uma resina produzida pela planta para proteger suas folhas e flores do sol forte.
Seu uso data de séculos e conta com um histórico de segregação, pois era associado aos povos que viviam a margem da sociedade. No Brasil a maconha era vista como "coisa de negro", que utilizavam a erva nos terreiros de candomblé para facilitar a incorporação, há também registro de seu uso por agricultores depois do trabalho, nas regiões mais remotas do país. Na Europa, foi