Machupicchu
Cidade das mulheres eleitas para servir os soberanos Incas (80 por cento do esqueletos encontrados eram de indivíduos do sexo feminino)? Local de retirada estratégica durante as guerras fratricidas dos Incas? Certo é, que os conquistadores espanhóis do Século XVI não tiveram conhecimento da sua existência, mas este fato poderá encontrar explicação no abandono da cidade por parte dos próprios Incas, anos antes da sua chegada.
Para outros arqueólogos foi, sobretudo, um lugar de culto religioso ao Deus Sol, no culminar de longas romarias pelo famoso «trilho inca», uma via empedrada com 33 quilômetros, por encostas escarpadas onde predomina a vegetação sub-tropical da região.
Na verdade, este passado que permanece envolvido em mistério, constitui um dos principais atrativos para as centenas de turistas que visitam a cidadela anualmente. Machupicchu é, hoje, conhecida em todo o mundo, a par das pirâmides do Egito, da grande muralha da China ou das ruínas de Pompeia.
Os edifícios da cidade, depois de alguns trabalhos de recuperação, apresentam-se em excelente estado de conservação, distribuindo-se de acordo com as funções a que eram destinados ou a classe social dos seus habitantes. O «bairro alto» era ocupado pelas castas religiosas e pelas famílias mais abastadas, enquanto os operários e escravos se alojavam nas pequenas casas situadas mais abaixo, mais encostadas à falésia.
No meio da praça central («plaza principal»), os Incas procediam às suas manifestações religiosas e, no topo de uma elevação vizinha, o templo do Sol e a pedra sagrada («roca sagrada») onde os sacerdotes cumpriam os rituais e os sacrifícios