Machismo
A palavra "chauvinista" foi originalmente usada para descrever alguém fanaticamente leal ao seu país, mas a partir do movimento de libertação da mulher, nos anos 60, passou a ser usada para descrever os homens que mantém a crença na inferioridade da mulher, especialmente nos países de língua inglesa. No espaço lusófono, a expressão "chauvinista masculino" (ou, simplesmente, "chauvinista") também é utilizada, mas "machista" é muito mais comum
Historicamente, da mesma forma que se dá com o racismo, não se sabe quando a humanidade começou a traçar diferenciações entre os gêneros. Nas sociedades pré-históricas, o papel social da mulher era bastante valorizado, sendo muito cultuado na forma de deidades relacionadas à fertilidade, abundância e fartura. Em 2006, análises na Caverna de Cosquer constataram que a grande maioria das impressões de mãos pré históricas nas paredes da gruta, eram em sua maioria mãos femininas, de forma que, segundo os especialistas Jean Michel Chazine e Arnaud Noury, percebe-se que não havia distinção hierárquica entre as atividades desempenhadas pelos homens (como a caça) e pelas mulheres (como a agricultura), tendo ambas a mesma valoração. Também não se percebia no Paleolítico qualquer diferenciação entre os ritos funerários entre homens e mulheres. Entretanto, já a partir das sociedades consideradas basilares da civilização ocidental, como as da Grécia e Roma, o papel da mulher na sociedade já havia sido fortemente reduzido frente ao do homem, de forma que agora o indivíduo do sexo feminino jamais alcançaria pleno exercício de direitos sociais e políticos como se fazia no sexo masculino. Na