Lógic

→ Histórico: A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença. Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. Iniciou-se uma epidemia de febre hemorrágica, com taxa de mortalidade nunca antes vista: 90% dos pacientes que apresentavam os sintomas morriam. Em dois meses, o número de óbitos chegava a duzentos. O Sudão também foi atingido, com mortalidade menor, mas nada animadora, de 50%. A epidemia acometeu 318 africanos da República Democrática do Congo e 284 do Sudão. Os órgãos de saúde locais receberam amostras de sangue dos doentes e constataram-se a existência de um novo vírus. Esse agente era pertencente à mesma família do vírus Marburg e foi batizado, em função do rio, de vírus Ebola. Após quase vinte anos de sua descoberta, uma nova epidemia eclodiu em Kikwit, na República Democrática do Congo, em 1995, com o acometimento de 316 pessoas, fato amplamente divulgado, à época, pelas emissoras de televisão. Na segunda metade do ano 2000, o vírus causa uma nova grande epidemia, a terceira em sua história. Dessa vez foi o distrito de Gulu, em Uganda, que começou a ver seus habitantes adoecerem: 396 deles foram acometidos e 150 morreram. A epidemia foi controlada e desapareceu em janeiro de 2001. Em 2002, foi a vez do Congo e Gabão viverem a epidemia do Ebola, que atingiu 97 pessoas, causando 73 mortes. Neste ano, 2014, vivemos uma nova epidemia de Ebola em território africano e a mais grave. Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS) a atual epidemia do vírus Ebola na África Ocidental já matou, até então, 932 pessoas, em países como Libéria, Guiné, Serra Leoa e
Nigéria.
As epidemias de Ebola, portanto, são cada vez mais frequentes em solo africano, reaparecendo de tempos em tempos, em ataques devastadores, com chances de transferência para outros continentes