Língua e Sociedade
POSSENTI, Sírio. Língua e sociedade. Em 28.02.2012, na edição 683. Disponível em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed683_lingua_e_sociedade
Sírio Possenti é graduado em Filosofia pela PUC-PR (1969), fez mestrado em Linguística na UNICAMP (1977) e doutorado em Linguística também na UNICAMP (1986). Atua em diversas áreas da linguística, com ênfase em teoria e análise linguística, principalmente na subárea da análise do discurso, em especial nos campos do humor e da mídia. Seus interesses são: combater preconceitos linguísticos, analisar textos humorísticos e discutir a questão da subjetividade. É autor de Língua portuguesa (Série Vestibular UNICAMP, 1993), pela Editora Globo, com Maria Bernadete Abaurre; Discurso, estilo e subjetividade (1988), pela Martins Fontes; Por que (não) ensinar gramática na escola (1996); Os humores da língua (1998) e A cor da língua e outras croniquinhas de linguista (2001). Também publicou Questões de linguagem: passeio gramatical dirigido (2011); Doze conceitos em análise do discurso (2010); Questões para analistas do discurso (2009); Língua na mídia (2009); Mal comportadas línguas (2009); Os limites do discurso: ensaios sobre discurso e sujeito (2008), além de participar de capítulos de diversas obras e de traduzir e organizar publicações de Dominique Maingueneau.
O presente artigo aborda a questão das línguas em sociedade e suas mudanças de forma no decorrer dos anos, focalizando a informalidade, bem como os resultados de tais transformações.
O pensamento sobre as línguas tendo como foco a questão da correção alimenta o discurso de camadas da sociedade, consideradas superiores, de que a língua está em decadência. Isso vem da crença de que teria havido uma língua perfeita antes de Babel. Porém, como as línguas nunca foram perfeitas, trata-se de pura ideologia. Há também quem acredite que o que importa é a mensagem, é o fato de ser compreendido, ainda que a mensagem seja implícita.
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