O conflito na Líbia já ocupou espaço no cenário internacional e vem trazendo várias repercussões. O regime ditatorial vigente no país está em crise, a situação é crítica: imigrantes e os próprios libaneses tentam fugir do caos para escapar da violência e da escassez de alimentos. Afinal, no mundo contemporâneo, onde impera a globalização, o ser humano e sua dignidade, bem como os meios de comunicação em massa, ter-se uma ditadura como forma de governo é algo inviável. Pois, a arbitrariedade e o autoritarismo prevalecem em todos os âmbitos; principalmente, nas “culturas fechadas” que acabam por alienar a consciência política de seu povo. Decisões cautelosas que buscam, primeiramente, tentativas diplomáticas como a desconsideração de Gaddafi como líder, negar armas ao regime, cortar seu abastecimentos de dinheiro e apoiar a oposição, infelizmente não surtiram efeito. Entretanto, o que não deve ocorrer é o pecado pela omissão por parte dos sujeitos de direito internacional. Obviamente que não deve se ferir a soberania de nenhum país; mas observando os fatos em questão e, analogicamente, ligando-os a episódios passados, a última coisa que deve ser feita é não agir. Sendo assim, o que resta ao mundo são medidas extremas... mas essenciais para a preservação dos Direitos Humanos e o combate à guerra civil implantada na Líbia. Se a UE estabeleceu critérios para a sua atuação, analisemos se estes já estão preenchidos: há uma necessidade clara? Esta hipótese já foi proposta em Assembleia Geral da ONU? Têm-se apoio de países árabes? Ora, para se eliminar esses critérios e agir de fato é necessária uma ação prévia. A necessidade é evidente; para se preencher o segundo critério falta vontade e coragem; e o terceiro é completamente relativo, - pois é fato que não se terá unanimidade – o que não pode ser justificativa de omissão. E digo mais, se à época da invasão da guerra do Iraque, que não havia manifestações populares anti-ditatorias, os EUA interviram,