Lá na EJLA O que meus olhos captaram no Degase

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
INSTITUTO DE PSICOLOGIA

Disciplina: Tóp. Esp. Psicologia Social K – Socioeducação.
Docente: Hebe Signorini Gonçalves
Discente: Natasha Pasquini – 109153021

Resumo:
Este trabalho toma por base a experiência no Projeto Parcerias, que tem como um de seus objetivos a realização de grupos com adolescentes do sexo masculino que cumprem medida de internação no Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE) e também as aulas teóricas da disciplina Tópicos Especiais em Psicologia social K. Partindo do princípio que não há prática sem teoria (e vice-versa) a proposta deste trabalho é trazer, num primeiro momento, o que a teoria tem a dizer sobre as instituições totais, seus modos de funcionar e os atores que habitam esse espaço. Em seguida, pretendo analisar o que vivenciei e aprendi com as idas a campo, já que este mobiliza outras questões que não estão nos livros e textos didáticos. Neste trabalho os personagens que conheci durante os anos que faço parte do projeto parcerias serão os protagonistas, mas não apenas o adolescente em conflito com a lei, o agente socioeducativo ou os técnicos, mas o “bandido que não ri”, o bebel, o verme, o x-9, o faxina, o alemão, a mamãezada, etc. Além das siglas que só aprendemos quando estamos imersos na prática como, por exemplo, LPG (liberdade pela grade) e LPM (liberdade pelo muro). Desta maneira, almejo fazer o caminho de onde parte-se da prática para teoria, pois acredito que ao colocar os diversos personagens que habitam esse espaço no ‘foco da cena’ torna-se mais fácil entender e habitar toda trama institucional que estamos inseridos.

Introdução: Este é o trabalho final da disciplina Tópicos Especiais em Psicologia social K, ministrada pela professora Hebe S. Gonçalves e nele pretendo pensar como a partir da prática do Projeto Parcerias posso pensar num dispositivo de abertura e produção do novo dentro de uma instituição total que como