Luto na Terceira Idade

Depois de tudo isso, para-se um pouco para avaliar os distintos tipos de reações, nas diferentes idades da vida. A sociedade moderna, visando a produtividade e consumismo, adota o jovem para seu padrão estigmatizando a velhice, sem lembrar que esse jovem de hoje será o velho de amanhã e conseqüentemente, acabará por perder toda a atenção que lhe era dada, substituída pelo abandono e descaso, talvez até porque essa idade é vista como sendo a mais próxima da morte, sendo o que Kovács (2002) deixa bem claro quando diz “quanto ao desenvolvimento humano, chegamos a uma fase conhecida como velhice que, como vimos, não tem inicio definido, mas cujo fim é claramente a morte”. Porém a isso deve-se ser acrescentado que a mesma está propensa a qualquer um de nós, sem distinção de idade ou preparação de momento.
A perda e o processo de luto podem causar grande impacto no idoso, já que o mesmo por causa da idade vem sofrendo outros tipos de perdas ao longo de sua vida como problemas financeiros, doenças graves, viver isolados, entre outros, essas sendo de diversos âmbitos e ainda associados ao convívio com o olhar preconceituoso da sociedade de que estão na fase da invalidez e vulnerabilidade. Perante isso, suas capacidades funcionais decorrentes das alterações morfofisiológicas e psicológicas sofridas pelo envelhecimento os tornam dependentes da ajuda de outras pessoas para exercer certas atividades. Visto sua fragilidade física e juntamente com outras perdas a vivência do luto pode-se tornar uma sobrecarga. Estando ai o principal motivo da necessidade de se cuidar dele, oferecendo atenção até o ponto que se permita a elaboração e passagem pelas fases do luto.
O idoso deve ser acompanhado e deve-lhe ser permitido tempo para sua reorganização, tanto social, quanto emocional, obtendo livre expressão dos sentimentos e angustias que o cercam naquele momento tão difícil, sendo comum aparecer algumas alterações somáticas e distúrbios no sono, na alimentação e caso a pessoa