Lutas, movimentos sociais e políticas sociais

A crise no capitalismo central em meados dos anos 40 da década de XIX desencadeou a mobilização operária para a conhecida “Primavera dos Povos”. Onde o movimento operário reivindicou melhores condições de trabalho e melhorias de vida. Tal mobilização foi importantíssima na emancipação e formação das lutas dos direitos sociais, civis e políticos. E as políticas sociais, relacionadas aos direitos sociais foram fortemente incitadas nos processos da insurreição francesa. Na mesma época é publicado o “Manifesto Comunista” de Marx e Engels, que é visto como uma orientação de luta para a classe operária.
Com a onda revolucionária do proletariado europeu, poloneses e húngaros buscaram a independência frente aos impérios russo e austríaco, alemães e italianos lutavam pela unificação e na Inglaterra, o movimento Cartista reivindicou direitos políticos e trabalhistas. E também trouxe grandes mudanças na França, com a proclamação da 2ª República, onde as lutas do operariado avançaram muito no quesito dos direitos sociais. Como exemplo, temos a criação da Comissão de Luxemburgo, as Oficinas Nacionais e a Comissão do Direito ao Trabalho, que foram muito progressistas se tratando dos estados absolutistas à que pertenciam na época. Já no Brasil, inspirada na insurreição francesa, a “Revolução Praieira” ( província de Pernambuco 1848-1850) reivindicava por meio de um manifesto uma nova constituição brasileira que garantisse questões como - o trabalho, como garantia de vida para o cidadão brasileiro; a extinção do Poder Moderador e do direito de agraciar; a extinção da lei do juro convencional entre outros.
Tais lutas e reivindicações proporcionaram conquistas, e mesmo que temporárias, tiveram grande influência na emancipação e vitórias futuras da classe operária. E após o longo processo de conflitos, o movimento operário chegou ao final do século XIX com uma consciência crítica relativamente desenvolvida sobre a sociedade capitalista, tendo claro o seu papel de sujeito de