Lusiadas
ALITERAÇÃO - Repetição de um ou mais fonemas consonânticos para intensificar e aumentar a expressividade: Ex.: "Sois senhor superno" (I, 10).
ANÁFORA - Repetição (de que resulta sobressair o que se repete) de uma palavra ou de um membro de frase: Ex.: "Vistes que, com grandíssima ousadia
Vistes aquela insana fantasia
Vistes, e ainda vemos cada dia," (VI, 29).
ANÁSTROFE - Inversão da ordem das palavras correlatas, antepondo-se o determinante (proposição + substantivo) ao determinado ou ao complemento do verbo.
Ex.: "Qual vermelhas as armas faz de brancas;" (VI, 64).
ANTÍTESE - Confronto de dois elementos ou ideias antagónicas, no intuito de reforçar a mensagem:
Ex.: "Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou frio."
ANTONOMÁSIA - Utilização de um nome sugestivo, grandioso ou não, em vez do nome próprio:
Ex.: "O sábio Grego... // O troiano..." (=Ulisses) (I, 3).
APÓSTROFE - Apelo do autor, através de interrupções, invocando pessoas ausentes, coisas ou ideias sob forma exclamativa:
Ex.: "E tu, nobre Lisboa, que no mundo..." (III, 57).
ASSÍNDETO – Supressão da conjunção copulativa.
Ex.: “Fere, mata, derriba denodado” (III, 67)
COMPARAÇÃO - Aproximação entre dois termos ou expressões através de uma partícula comparativa
(como), levando à compreensão mais profunda do primeiro termo:
Ex.: "Qual aos gritos…// Tal do rei…" (III, 47-48).
DIÁCOPE – Uso
da mesma palavra com outra(s) pelo meio.
Ex.: “Tu só, tu, puro amor, com força crua” (III, 119)
EPIFONEMA - Exclamação sentenciosa a concluir uma narrativa ou um discurso:
Ex.: "Mísera sorte! Estranha condição!" (IV, 104).
EUFEMISMO - Expressão que atenua ou modifica o sentido violento, mau ou desonesto da narrativa:
Ex.: "Tirar Inês ao mundo determina," (III, 23).
GRADAÇÃO - Ordenação das ideias em escala crescente ou decrescente:
Ex.: "Horrendo, fero, ingente e temeroso" (IV, 28) - Crescente.
"Com mortes, gritos,